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MEU BRASIL;

  • Por: Jorge Gonçalves Junior
  • 26 de jun. de 2016
  • 2 min de leitura

Eu sonhei com você outro dia, e você sorria, sorria e sorria. Eu sonhei com você outra vez, o que fez, o que fez, o que fez. Eu sonhei com você de novo, era o povo, era o povo, era o povo. Eu sonhei com você no passado, o soldado, o soldado, o soldado. Eu sonhei com você no presente, mais sábio, mais nobre, inteligente. Eu sonhei com você no futuro, imponente, garboso e maduro. Eu sonhei com a tua riqueza, natural e com tanta beleza. No manancial de bosques florais, nas montanhas de minerais, num mundo que era só nosso, e agora como é que eu posso ? Contar pras minhas crianças, que o país mais rico do mundo, ficou totalmente sem fundo, por causa de algumas finanças, acórdãos mal resolvidos, concessões de tantas andanças, e ao povo não deu ouvido. E agora, senhor dirigente ? Como é que o senhor se sente, brincando com a nossa nação, o povo sem alfabetização, largado à própria sorte, esperando, só que a morte, traga o alívio patente. nas filas dos hospitais, que a saúde mesquinha lhes nega, a dignidade de morrer em paz. De uma coisa, o senhor tenha certeza não somos mais, um povo matuto, olhamos com muita clareza, a nossa volta, um negócio astuto, bilhões de evasivas diárias, trazidas, não sabemos de onde, e as nossas reservas solidárias, marcando sempre presente, a Amazônia, coitada se esconde, dos caçadores de estatais, a nossa soberania que sucumbe, no Rio Negro, Solimões, florestais, pois sabe que o futuro dali, do Arroio já se enxerga o Chuí, tão menor, ficou meus país, vergonha assim, nunca se viu, acabaram contigo, querido Brasil. Continuamos te tendo amor, mesmo que seja um Brasil menor, na garra do teu esplendor, dos teus filhos, a pátria amada, servimos com muito calor, ainda fulguras aos olhos da gente, no píncaro do mastro orgulhoso, na esperança de um dia ditoso, a bandeira, que trêmula e airosa, nosso elo de ligação e de prosa, nessa força, que temos de berço, nesses versos, o nosso apreço, na certeza de um dia, quem sabe, novamente com brados fortes, soltarmos de novo retumbante, às margens da história conquistarmos, o perfil de um Brasil gigante.


São Paulo, 12 de abril de 1992



 
 
 

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